Quando
entrei no quarto, Taylor estava falando com alguém ao celular. Estava de costas,
próximo à janela. Nem percebeu que eu tinha entrado.
‒ Posso no próximo final de semana… ‒ ele dizia ao
telefone.
‒ É, posso passar para buscar você… Podemos ir a um restaurante… ‒ completou.
‒ Tá, ok… Bom falar com você de novo. Vejo você depois. Bye. ‒ ele disse e desligou.
‒ É, posso passar para buscar você… Podemos ir a um restaurante… ‒ completou.
‒ Tá, ok… Bom falar com você de novo. Vejo você depois. Bye. ‒ ele disse e desligou.
‒ Oi... Nem tinha visto você... – ele disse.
‒ Percebi…
Ele
se aproximou de mim para me beijar e não deixei.
‒ O que foi? – perguntou.
‒ Está marcando encontros? Você é muito
requisitado… ‒ disse rindo.
‒ Ficou ouvindo minha conversa? – ele riu.
‒ Você combinou comigo aqui, entrei e foi
inevitável não ouvir…
Ele
não respondeu sobre o “marcando encontros”, então resolvi parar. Estava com
ciúmes e isso não estava em meus planos.
‒ Eu vim apenas para dizer tchau. Estou indo ‒ eu
disse.
‒ Por quê? Fica mais, eu disse que ia levar você.
‒ Não precisa, obrigada… tchau! – disse e caminhei
até a porta.
‒ Perai! Isso é por causa da minha conversa ao celular?
‒ Claro que não!
‒ Carol, olha, sei que estamos ficando, mas temos
as nossas vidas, certo?
Quando
ele disse isso eu não acreditei! Eu ri de nervoso.
‒ Claro que sim, temos as nossas vidas… Pode ficar
com quem quiser…
‒ E você também pode…
‒ E você também pode…
Ta
aí! A prova que eu precisava para colocar um ponto final em tudo! Ele não
estava nem ai para mim. Estava acostumado a ficar com um monte de garotas e eu
era apenas mais uma, ele deixou isso claro. O problema é que por mais que eu
negasse eu estava sentindo algo diferente. Eu queria continuar ficando com ele…
gosto de beija-lo e de sentir sua atração por mim, mas a vida real não é tão
bela assim.
‒ Posso, claro… ‒ foi o que consegui responder. ‒ James
me ligou e preciso ir. Ele quer falar sobre a viagem, últimos detalhes. – menti.
‒ Entendi… posso te levar então.
‒ Não! James disse que está indo para minha casa,
vai que ele está lá e, enfim. Obrigada… tchau!
‒ Eu te acompanho ‒ ele disse e foi atrás de mim.
Enquanto
andávamos eu estava com um nó na garganta e com os olhos marejados. Fiquei
muito sentida com o que ele falou. Merda! Odiava me sentir assim!
Chamei
um táxi pelo aplicativo e dez minutos depois um carro chegou à casa de Tarik.
‒ Tarik, obrigada pelo convite ‒ eu disse.
‒ De nada! Volte sempre!
‒ Obrigada!
‒ Taylor, não vai com ela? – Tarik disse sem
entender.
‒ Não, ele não vai! Preciso ir… tchau! – respondi.
Saí
e entrei no táxi. Fui para casa chateada, pensativa. Minha noite não foi nada
do que planejei. Bem feito para mim! Preciso parar de pensar que homens assim
vão se interessar por mim. Bem que James disse que estes caras do “mundo do
business”são assim mesmo… Cada dia com uma! Ele não era diferente… como eu era
idiota! Tá, pelo menos aproveitei, mas mulher não é assim, sempre tem um
sentimento por menor que seja. Queria ter nascido homem.
Chegando
em casa meu celular tremeu. Mensagem:
TAYLOR: CHEGOU BEM?
Por que quer saber?, pensei. Se eu não respondesse ia parecer
que estava triste e não queria dar esse gostinho a ele.
CAROL: SIM
TAYLOR: QUE BOM. NOS VEMOS AMANHÃ NO
AEROPORTO.
CAROL: OK.
TAYLOR: BOA NOITE
CAROL: BOA NOITE
Depois
disso eu tinha que contar a Rose o que ele me disse:
‒ Que cara de pau desse moleque! – Rose estava
indignada.
‒ Rose, ele tem razão. Ele só ficou comigo. Ele é
solteiro e tem a vida dele.
‒ É, mas nenhum cara fala isso para uma mulher, por favor!
‒ É, mas nenhum cara fala isso para uma mulher, por favor!
‒ Ele foi sincero.
‒ Ele foi idiota! Você precisa arrumar outro ficante.
‒ Hahaha. Mais dor de cabeça? Obrigada, mas eu
passo.
‒ É sério Carol! Ele precisa saber o que está
perdendo!
‒ Rose, eu não quero mais nada com ele, ok? Chega!
Eu que sou idiota de pensar que ele queria algo sério, até parece. Eu preciso
de um homem de verdade, quero ter uma vida normal e isso com ele não dá.
‒ Mas estou sentindo sua voz triste. Estava
gostando dele?
‒ Gostando não seria a palavra… Sei lá, estava
curtindo muito, ficaria feliz se ele quisesse levar a sério, mas isso não
acontece no mundo das celebridades.
‒ Bom, azar o dele! Carol, não fica mais com ele!
Agora eu que estou brava.
‒ Não vamos mais ficar… James estará comigo na
viagem, enfim.
‒ É isso aí! Já tirou umas casquinhas dele. Agora bola para frente!
‒ É isso aí! Já tirou umas casquinhas dele. Agora bola para frente!
Rose
tinha razão. Naquela noite dormi e, pela primeira vez em alguns dias, não
sonhei com ele.
*** Taylor POV ***
‒ Não acredito que você disse isso para ela ‒ disse
Tarik.
‒ Tarik, eu fui sincero! Ela jogou uma indireta por
causa do telefonema.
‒ Tá, mas você é muito idiota!
‒ Já disse que fui sincero.
‒ Você não gosta de ficar com ela?
‒ Gosto! Mas sou solteiro, não quero compromisso.
‒ Então, cara, você fez o certo! Ela não parece o
tipo de mulher que quer apenas ficar.
‒ Tarik, qual é o problema? Todo mundo fica.
‒ Nenhum problema, você que sabe da sua vida. Só
não reclame se amanhã ela aparecer com outro.
‒ Ela tem esse direito.
‒ Ok, ok…
Fiquei
pensando sobre isso a noite toda. Será que eu fui muito grosseiro?
***
No
outro dia fomos para o aeroporto bem cedo. James e Carol já estavam lá.
Como
ela era linda. Até com roupa de viajar…
‒ Oi! – eu e Tarik dissemos juntos.
‒ Oi ‒ eles responderam.
Carol
estava ao celular e continuou nele. James estava perto, então qualquer
aproximação seria em vão. Foi então que Tarik foi conversar com ela.
‒ E ai? Tudo bem? – ele disse e ela saiu do celular.
‒ Bem, e você?
‒ Bem. Ansiosa para viagem?
‒ Sim… bastante…
‒ Que bom!
‒ Está bonita…
‒ Obrigada!
Tarik
sabia me provocar.
‒ Os caras vão ficar louco com você em Manilla – ele
completou.
Tá,
já era demais.
‒ Ai, claro que não! ‒ ela respondeu sem graça.
‒ Vão sim! Ah! Tem uns lugares legais lá, já fiquei
sabendo… posso te levar para conhecer.
Nessa
hora eu o olhei incrédulo. James se aproximou dos dois e disse:
‒ Carol, Tarik é um cara legal, com ele eu deixo você
sair… ‒ disse rindo.
Wow! Por essa eu não esperava! Eles riram e eu
fiquei sério.
Enquanto
James e Carol foram na frente, eu falei com Tarik:
‒ Isso foi para me provocar? – perguntei.
‒ Claro que não! Taylor, desencana, ela não vai mais ficar com você.
‒ Por quê?
‒ Porque depois do que você disse a ela na minha
casa, é óbvio que ela não vai querer mais nada com você.
‒ Ela sabe que é verdade o que eu disse, e isso não
tem nada a ver.
‒ Ah, tá bom, vamos ver então.
Talvez
Tarik tinha razão, mas não pareceu que ela não queria ficar mais comigo. Ela
sempre foi mais distante, então não se importaria com o que eu disse… ou se
importaria?
***
Quando
embarcamos, Tarik e eu sentamos em duas poltronas na frente dela e de James.
Ela não trocou uma palavra comigo. Eu só ouvia a voz dela rindo e falando com
James. Foi então que tive a ideia de mandar uma mensagem enquanto o avião não
decolava:
TAYLOR: VC ESTÁ BEM? NEM NOS FALAMOS
DIREITO…
CAROL: SIM, ESTOU.
TAYLOR: QUERIA MUITO CONVERSAR COM VC A
SÓS
CAROL: CONVERSAR O QUE?
TAYLOR: SOBRE A GENTE…
CAROL: SOBRE A GENTE? NÃO ENTENDI
TAYLOR: É, SEI LÁ, QUERIA SABER SE FICOU
CHATEADA COM O QUE EU DISSE NA CASA DO TARIK…
CAROL: NÃO… VC TEM RAZÃO, SOMOS SOLTEIROS.
TAYLOR: TEM CERTEZA?
CAROL: ABSOLUTA
TAYLOR: VC FICARIA COMIGO DE NOVO?
Ela
não respondeu. Seria um não? O avião decolou e com os telefones desligados não
receberia uma resposta tão cedo.
Vi
que ela se levantou para ir ao banheiro. A viagem era muito longa e o voo era
noturno. Tarik e James já roncavam em suas poltronas e com isso aproveitei para
segui-la.
‒ Carol? – disse e a puxei pelo braço.
‒ Oi… o que foi?
‒ Nada, queria uma resposta sua?
‒ Eu posso ir ao banheiro em paz?
‒ Pode… vou ficar esperando aqui.
‒ Taylor, aqui não é lugar de conversar!
‒ Só me responde! Ficaria comigo de novo?
‒ Ficaria, claro.
Ela
não estava tão brava assim então…
‒ Podíamos dar um jeito de ficar sozinhos no hotel ‒
eu disse.
‒ Pode ser…
Ela
estava estranha. Entrou no banheiro e eu fiquei esperando. Ela dizia que sim,
mas parecia não ser sincero.
‒ Ainda está aqui? – ela disse ao sair.
‒ Sim, queria conversar.
Aqui não dá. E eu estou super cansada.
‒ Ok…
Voltamos
para as poltronas e acabei adormecendo.
continua
ResponderExcluirTarik é podre... hahaha!
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