Jane contou a Lisbon
sobre seu plano, ele temia que ela se machucasse tentando ajudá-lo e as últimas
palavras de Van Pelt sobre ele não se importar com ninguém, o fez refletir, contudo,
toda a impassibilidade de Jane era apenas encenação, no fundo, ele não apenas
se importava com Lisbon, ele a amava, mas mantinha isso tão bem guardando
dentro de si, que era difícil até mesmo para ele, encontrar seus sentimentos
por ela.
Se
Jane demonstrasse afeição por Lisbon, ela estaria em perigo, qualquer ligação
sentimental com alguém o tornava fraco e suscetível a usar quem ele amava
contra ele.
Jane não se achava digno de ser amado, e ele
nunca soubera de nenhum sentimento da parte de Lisbon, a não ser pena ou
gratidão por ele resolver tantos casos. Seria uma pena se ambos estivessem
errados, sobre um não sentir nada pelo outro.
Lisbon
ficou a espreita da casa de Jane e ele entrou na casa armado com uma 12SummitTrap
AT¹ que abriria um buraco em Red John quando ele o encontrasse. Ele nunca foi a
favor do uso de armas, no trabalho em campo, nunca portou nenhuma arma ou
sequer demonstrou interesse, contudo, seu ódio pelo Red John, o fazia capaz de
tudo.
[...]
Ao entrar na sala de
sua casa, onde havia marcado a reunião a fim de descobrir a identidade do Red
John, Jane avistou os três suspeitos conversando entre si, como se aquela
reunião fosse algo comum, mas eles tiraram o sorriso do rosto quando viram Jane
com a 12 em suas mãos apontadas para eles.
— Tirem a camisa, deixem-me ver seus ombros. –
Ordenou Jane a todos e Partridge foi o primeiro a obedecer e levantou a manga
da camisa, permitindo que Jane visse a tatuagem da letra “T” em seu ombro.
Jane
avistou a tatuagem no ombro de Partridge e engatilhou para atirar, mas ouviu
Bertram chamá-lo com cautela.
— Jane, olhe! – Pediu Bertram, apontando para o
ombro do Xerife McAllister, que também tinha a tatuagem.
— Você! – Disse Jane encarando Bertram e
continuou:
—Levante a camisa. – Ordenou Jane a Bertram,
constatando que todos tinham a tatuagem com a letra T e antes que pudesse dizer
algo, uma explosão aconteceu na sala, levando todos ao chão.
[...]
Quando
Lisbon ouviu o estrondo, entrou na casa e viu os pedaços de um corpo
estraçalhado pela explosão e avistou Jane logo após os pedaços. Ele havia sido
ferido, mas estava vivo.
Apenas
um corpo foi encontrado na casa, após a perícia, o corpo foi identificado como
sendo de Brett Partridge. Logo, tanto o Xerife McAllister quanto o chefe da
CBI, Bertram, haviam fugido durante a explosão, pois estavam sentados um pouco
mais longe de onde a bomba havia sido plantada.
O
Red John não armaria uma bomba para matar a si mesmo, logo Jane sabia que Brett
Partridge não era o Red John, deixando apenas Bertram e o Xerife McAllister
como suspeitos.
Bertram
foi substituído por Lisbon que passou a chefiar toda a CBI. Jane passou alguns
dias no Hospital e teve alta assim que melhorou. Havia um mandado para o Xerife
McAllister, Bertram e Chris Keller, o policial que havia assassinado Olivia
Pine.
Havia fotos e
cartazes deles por toda a parte com a recompensa de 1 milhão de dólares que
Taylor estava dando como recompensa por cada um deles vivos.
Na
Televisão, não se falava em outra coisa a não ser do cerco que colocaria fim ao
legado de Red Jon. Todas as unidades da Califórnia e estados vizinhos, estavam
em alerta.
Jane
voltou ao trabalho ainda mais ansioso, ele nunca havia chegado tão perto, e
sabia que pegar o Red John seria questão de tempo, afinal, ele queria ser pego.
Jane
constatou que o que aconteceu na última cena de crime do Red John não foi um
deslize, foi proposital, ele queria que Jane soubesse quem ele era, pois isso
iniciaria uma nova fase do jogo doentio do Red John.
Quando
Jane entrou na CBI, avistou Taylor a sua espera. Lisbon havia comunicado a ele
sobre a recompensa que Taylor estava dando, isso ajudaria muito e pelo olhar do
Taylor, ele tinha algumas teorias.
— Você está bem, cara? – Indagou Taylor, vendo
Jane com o rosto um pouco inchado.
— Estou vivo. Pena que Partridge não pode dizer o
mesmo. Eu adoraria interrogá-lo.
— Você pode interrogar Chris Keller. – Disse
Taylor com um sorriso, levando Jane a sorrir de volta.
Jane
encarou Taylor por alguns segundo e dizendo olá a Lisbon, Cho e Rigsby, disse
tchau e se afastou.
— Aonde você vai? Mal chegou. – Questionou Lisbon.
— Eu quase morri. Vou tomar um chá com o Taylor. –
Disse Jane, evasivo.
— Pois é, vamos tomar um chá. – Disse Taylor,
nervoso.
— Okay. Posso ir também? – Pediu Lisbon.
— Você é um péssimo ator. – Brincou Jane com seu
sarcasmo costumeiro.
Jane
e Taylor ficaram num total silêncio e não tiveram escolha, senão levar Lisbon.
No caminho, nada foi dito dentro do carro. O que tornava Lisbon uma boa
policial, era seus instintos.
Lisbon
sabia que não havia chá algum e o fato do Taylor oferecer 1 milhão de dólares por
um dos acusados, deixava ele e Jane juntos muito suspeitos.
Ela estava certa.
Taylor dirigiu até um
armazém abandonado. A entrada era guardada por Jeff, guarda costas do Taylor
que pareceu feliz ao ver Taylor de volta. Se Jeff não estava fazendo a
segurança do Taylor, quem estava?
Lisbon
entrou no galpão e avistou um cara amarrado a uma cadeira. Era Chris Keller, o
policial que fazia parte da rede Red John. Taylor havia sido informado sobre o
paradeiro do policial, assim que colocou 1 milhão de dólares pela cabeça dele.
— Uau! Olha o que temos aqui. – Disse Jane, aplaudindo.
— Eu não vou dizer nada. – Disse o policial com a
boca cheia de sangue, pelo visto Jeff havia batido nele um pouquinho, mas ele
ainda se recusava a falar.
— Você vai dizer, sim. – Insistiu Jane estalando
os dedos.
Lisbon encarou Taylor e Jane e pediu
cautelosamente:
— Posso falar com vocês dois, em particular?
— O que foi Lisbon? – indagou Jane, impaciente.
— Você não vai fazer isso! – Ela proibiu Jane.
— Fazer o que? – Taylor indagou interessado.
— Hipnose². – Respondeu Jane, maquiavélico.
— Você não vai hipnotizar o Chris Keller! Jane, se
fizer isso, nada do ele disser poderá ser usado no tribunal. Provas conseguidas
de forma ilegítimas não serão consideradas legal. – Argumentou Lisbon.
— Você acha mesmo que esse cara vai chegar a julgamento?
Lisbon, acorda. Esse cara pertence ao rede Red John, ele já está morto. –
Argumentou Jane.
— Se o Red John matar ele, não será nossa culpa,
mas devemos levá-lo a interrogatório na CBI, como manda as regras.
—Esse lance de hipnose, existe mesmo? – Taylor
indagou cortando a conversa formal de Lisbon e permitindo que Jane se
esquivasse.
Jane
ignorou Lisbon e se aproximou para hipnotizar Chris Keller:
—Você aprontou muito, hein rapaz? Um tira corrupto
bem debaixo do nosso nariz. Imagine minha surpresa ao saber que não foi só você
que cometeu alguns “erros” e se safou – Insinuou Jane.
— Eu não vou falar, nada! – Insistia Keller.
— Você se lembra do seu local preferido quando era
criança? – Indagou Jane com uma foto da praia Bal Harbour³,que fica em Miami.
Jane sabia que Keller era da Flórida e obviamente tinha brincado lá. Ele havia
pego a foto da casa dele, na busca que a CBI fez em sua casa.
Jane
colocou a foto bem na cara de Keller e tocando em seu ombro. Levantou a manga
da camisa do policial e sugeriu:
— Você e esse monte areia, você fazia tantos
castelos. A sensação era tão boa, o vento sob seu rosto, a visão das ondas indo
e vindo, indo e vindo, indo e vindo. – Disse Jane deixando a foto diante de
Keller por mais um tempo.
— As ondas iam e vinham, iam e vinham – Jane
continuou sugerindo.
O
policial permaneceu com os olhos fixos na foto e começou a resmungar as
palavras de Jane: “Iam e vinham, iam e vinham”.
— O que significa a tatuagem da letra “T” que você
tem no ombro? – Jane indagou sem rodeios ao perceber que Keller já estava sob
hipnose.
— É a letra “T” de tigre. – Respondeu Keller, deixando
Taylor intrigado. Até aquele momento, ele não acreditava que era possível
hipnotizar alguém.
—O que significa tigre? – Jane continuou interrogando.
— A senha. – Respondeu Keller.
— Senha do que?
— Tigre, tigre. – Disse Keller olhando de relance
para a sua tatuagem no ombro.
Foi a última coisa
que Jane ouviu, antes do disparo que veio de uma janela, um atirador estava no
telhado de um prédio vizinho, mas antes que Jane ou Lisbon pudesse ver o que
havia acontecido, a cabeça de Keller, abaixou sobre seu ombro, ele estava
morto.
— Deita no chão! – Gritou Lisbon jogando-se sobre
Taylor, e levando-os ao chão do armazém. Jeff saiu pela entrada com uma arma em
punho.
— Jane correu para fora, seguindo Jeff para ver de
onde o tiro tinha vindo, mas viu apenas um cara de capuz ao longe com um rifle
nas costas, saindo do local.
— Ele já foi. – Disse Jane, ajudando Lisbon a se
levantar.
Taylor olhou para
Keller, morto diante dos seus olhos. Ele estava em choque. A única testemunha
da rede Red John havia sido abatida bem na frente deles e eles nada puderam
fazer.
[...]
Taylor
e Jane não disseram nenhuma palavra sobre onde iam ou que estavam na posse de
Keller, então, eles descartaram a hipótese de haver escutas e constataram que havia
informantes de Red John por toda a parte.
Lisbon
comunicou a morte de Keller a central e foi para a sede da CBI para mais
esclarecimentos. Jane e Taylor ficaram calados, refletindo sobre as palavras de
Keller, até que Taylor quebrou o silêncio.
— Tigre, tigre. – Taylor resmungou.
— Estamos deixando algo passar. – Refletiu Jane,
encarando o Taylor.
— É uma senha. Para quê se usa uma senha e uma
tatuagem no braço? Isso parece coisa de irmandades.
—Irmandade¹? – Indagou Jane.
— Eu tenho um amigo que pertence à liga dos Bruin
Bear4, eles usam uma tatuagem e uma senha para identificar os
membros betas da irmandade da UCLA5. Todos que fazem parte são muito
unidos e ajudam um ao outro. – Disse Taylor.
— Mas é claro. Agora tudo ficou mais claro. –
Comentou Jane.
— Tigre, tigre – Taylor resmungou novamente,
levando Jane a exibir um quase sorriso no banco do carona.
Jane
olhou para a estrada e encarando Taylor, fechou os olhos, lentamente e recitou:
—Tigre, tigre que flamejas nas florestas da noite.
Que mão, que olho imortal, se atreveu a plasmar tua terrível simetria?
Jane finalmente compreendeu o
sentido do poema que Red John tinha recitado. A senha era as primeiras palavras
da estrofe da poesia “The Tiger”, um poema lírico de Willian Blake, que se
concentra na natureza de Deus e sua criação.
Será que na cabeça do Red John, ele
era Deus e todos aqueles que o seguiram, era seus discípulos, sua criação?
Aquele pensamento foi apenas o gatilho emocional que o levaria ao sentido
original.
Jane
sabia por que tanto Bertram quanto Xerife McAllister, Partridge e Keller tinha
aquela tatuagem. Aqueles que possuíam a tatuagem, pertenciam a uma organização
criminosa e corrupta onde os policiais que cometiam crimes, eram convidados a
ser parte da seita secreta em troca de favores internos da policia e tudo que
havia contra ele, evidências e testemunhas, desapareciam e ele era inocentado,
o que justificava o envolvimento do noivo de Van Pelt com o Red John, ele era
um membro da seita, nunca foi seguidor do Red John, a verdade é que ninguém
sabia de fato quem era o Red John.
Jane não tinha ideia da dimensão que era a
seita, havia pessoas poderosas e do alto escalão, como juízes, defensores
públicos, a procuradoria do estado, os policiais das unidades vizinhas e os
próprios agentes da CBI. Nunca houve rede Red John, o que havia era uma seita,
a organização Blake.
Quando
Jane comunicou suas teorias a Lisbon, sua primeira ação foi verificar sua
unidade, constatando que Cho e Rigsby não tinham a tatuagem, mas após verificar
algumas fichas de outros internos com acusações que desapareceram, Lisbon enquadrou
seis agente da CBI que tinham a tatuagem e todos foram presos.
Quando
os seis policiais forma presos, outros intercederam por eles e logo, os
suspeitos de pertencer a organização Blake sequer podia ser controlada. Alguns
dias depois, agentes do FBI fecharam a CBI para investigação e o caso do Red
John, saiu das mãos da força tarefa de Lisbon, eles estavam na rua, haviam sido
afastados, até que houvesse uma apuração de quem pertencia a organização Blake
ou não.
Jane
não aceitou bem o afastamento e se recusou a deixar seu posto da CBI, levando o
responsável pela operação anti-blake a tirá-lo a força do prédio e no percurso,
a xícara favorita de Jane foi lançada ao chão.
Triste por ver seu
emprego e tudo que mais prezava arruinado, Lisbon, apenas contemplava os cacos da
xícara caídos no chão. Ao assimilar o final da sua unidade e força tarefa que
lhe custou anos de investigação, ela ajoelhou-se e juntou cada pedaço e guardou
consigo.
Qualquer um ignoraria
os pedaços da xícara no chão, mas Lisbon achava que aquela xícara merecia ser
salva e que ela poderia devolvê-la ao Jane. Em seu íntimo, ela desejava salvar
Jane, para ela, ele merecia muito mais que ele imaginava, contudo, para isso,
ela deveria consertá-lo primeiro e descobrir como fazer isso, seria a mais
difícil missão de sua vida.
[...]
Lisbon refletia sobre
os últimos acontecimentos. Ela sabia que ser afastado do caso, não impediria
Jane de pegar o Red John e naquela altura, ela não era mais nada. Não era
agente, não era policial, era apenas alguém tentando ajudar um amigo Por Val
Pelt, Lisbon abriu mão de sua carreira e se unindo-se a Rigsby, Cho e Jane,
montaram uma operação particular, mesmo sabendo que todos podiam ser presos ou
rebaixados por isso.
[...]
O
celular de Jane tocou:
— Eu soube que está atrás de mim. – Disse a voz do
outro lado da linha.
— Sério? Quem te contou? Fica difícil saber com
tantos aliados. – Disse Jane reconhecendo a voz de Bertram.
— Eu não tenho aliados, tenho ferramentas. – Disse
a voz.
— Eu vou parar você e suas ferramentas. – Ameaçou
Jane.
— Lembra que eu te disse que estaria presente
quando você pegasse o Red John? – Indagou Bertram.
— Lembro e mal posso esperar.
— Eu já estou cansado, Jane. Você nunca conseguia
chegar perto de mim. Eu não aguentava mais, espero que tenha gostado do meu
presentinho.
— Olivia Pine? Ela era só um peão no seu jogo. –
Comentou Jane.
— Você e eu sabemos que eu não cometo erros. Acha
que eu não sabia que vocês chegariam mais cedo naquela casa? Advinha quem fez o
chamado? Eu fiz. Acho que está na hora dos dois tigres se encontrarem para um
confronto.
— Então me diga onde te encontrar. – Jane pediu,
friamente.
—Me encontre no centro, no cruzamento das ruas 11
e K.
— Na Cathedral of the Blessed6?Sei onde
fica. – Disse Jane.
— Vem sozinho, ou alguém vai morrer. – Disse
Bertram e desligou.
Jane
não contou nada a Lisbon, mas Taylor ouviu a conversa e sabia do se tratava.
— Me empresta seu carro? – Pediu Jane.
— Claro. – Concordou Taylor.
Jane
saiu do armazém onde eles se reuniam e foi ao encontro do Red John. Taylor por
sua vez, sabia que seu carro tinha GPS e seguiu Jane até a catedral levando a
arma de Jeff, seu guarda costas com ele.
[...]
Jane
chegou sozinho a catedral, mas Taylor estava há apenas alguns minutos de
encontrá-lo. A chegar, Bertram estava sentado em um dos bancos próximo a
estátua de Jesus crucificado na cruz.
Jane
não tinha nenhuma arma consigo e Bertram ao perceber isso, abriu um sorriso
meia boca e aproximou-se de Jane.
—Quem diria, hein? Jane e Red John, finalmente
frente a frente. Espero que seja uma disputa justa, não quero que seja fácil
como foi matar sua esposa e sua filha.
— Vai ser fácil para mim matar você. – Disse Jane,
sem temores.
— E como você vai fazer isso Jane? Tá vendo isso
aqui apontando pra sua cabeça? É uma arma automática com 16 tiros e você não
tem nada. Espero que não ache que vai me hipnotizar.
— Não. Isso tiraria toda a graça.
— A sua filha era tão fraca que nem gritou. Ela
aceitou a morte, Jane. Sua garotinha nem lutou pela vida, acho que ela sabia
que a morte afastava ela de você, um charlatão barato com um péssimo gosto para
mulheres. Você acha que eu não sei da sua paixonite secreta? A Lisbon não faz o
meu tipo, mas pelo menos ela é durona, ao contrário da sua esposa que morreu
gritando com um porco no abate.
—Se você vai me matar, faz isso logo, Red John, você
é tão chato. Estou arrependido de ter conhecido você. Dê-me a honra que não
ouvir sua voz nunca mais?
— É claro que dou. – Disse Red John engatilhando a
arma.
— Adoro. – Disse Jane com um sorriso e olhando com
o canto do olho para a retaguarda do Red John.
— Larga a arma, agora. – Ordenou Taylor.
— O que? Você é tão patético, Jane. Eu esperando a
cavalaria e você vem com um ator meia boca como suporte. Não me leve a mal,
rapaz, mas a Van Pelt não merecia tanto.
— Cala a boca! – Disse Taylor atirando na perna de
Red John que caiu no chão, deixando sua arma no chão.
Taylor
chutou a arma para longe e aproximando-se do Red John, apontou a arma para sua
cabeça, mas nada fez, apenas colocou a arma sobre o banco, se afastou e
estendendo as mãos para Jane, consentiu dizendo:
— Ele é todo seu.
— Tigre, tigre? – Indagou Jane.
— Tigre, tigre! – Respondeu Taylor, zombando da
senha que não significava mais nada.
O
Red John se levantou e saiu correndo mancando da igreja, havia um grande parque
natural próximo e Jane o deixou correr, dando a ele a ilusão de que escaparia,
mas na verdade, ele queria mais emoção, tinha sido muito fácil e ele queria
aproveitar cada momento.
Após
um tempo correndo, Red John já tinha perdido muito sangue e então ao cair na grama
verde, próxima a um pequeno riacho numa praça, ficou caído e avistou Jane
chegar por detrás dos raios do sol e olhou-o por alguns segundos, antes que
Jane lhe dissesse as palavras tão esperadas.
— Eu nunca pensei que morreria assim, por favor,
na cara não. Por favor, não atire na minha cara. – Disse Red John.
— Você sabe que eu não gosto de armas. – Disse
Jane, com um sorriso.
— É claro que não. – Concordou Red John em suas
últimas palavras.
— Isso é pela minha esposa, pela minha filha e por
Van Pelt – Disse Jane, sentando-se sobre Red John e enforcando-o com suas
próprias mãos, manteve seus dedos em seu pescoço e seus olhos fitos nos do Red
John, até ver a vida esvair-se deles.
Red
John parou de lutar contra as mãos de Jane em seu pescoço e seus braços caíram
ao chão maleáveis. Jane olhando para o corpo de Red John sem vida diante dele,
sentiu paz pela primeira vez em longos anos, pois sabia, que ele nunca mais
iria ferir ninguém.
Ele
cumpriu sua promessa de matar Red John com suas próprias mãos e por um segundo
imaginou a presença em espírito de sua esposa e filha e desejou justiça para
elas, para Van Pelt e todas as vítimas do Red John.
Jane
se virou e avistou Taylor por detrás dele. Em segredo, ele havia assistindo ao
espetáculo de ver o último brilho nos olhos daquele que havia tirado a vida da
mulher que ele amava. Taylor nunca havia admirado tanto uma pessoa, como
admirava Van Pelt, ele nunca havia amado alguém como amava ela e com certeza,
nunca havia sido amado com ela o amou.
Continua...
____________________________
¹ 12 SummitTrap AT - É uma espingarda projetada para o atirador que valoriza o desempenho. O
DTS (Sistema de Ajuste Dinâmico), permite qualquer atirador adequar a arma ao
seu estilo individual.
² Hipnose - É o estado semelhante ao sono, gerado por um processo de indução, no
qual o indivíduo fica muito suscetível à sugestão do hipnotizador.
³BalHarbour – Praia que fica na região norte de Miami Beach. Tem ondas que não são
muito fortes, vegetação rasteira e uma trilha ao longo da praia.
4
Irmandade - Fraternidade, laço de
parentesco entre irmãos. Amizade afetuosa e íntima entre pessoas diversas;
confraternidade.
5BruinBear
– Mascote da UCLA Universidade da Califórnia em Los
Angeles.
6
UCLA –Abreviação para Universidade da Califórnia
em Los Angeles. A UCLA é uma universidade americana localizada na região
de Westwood, na cidade de Los Angeles.
7Cathedral
of the Blessed
- É uma catedral da Igreja Católica
Romana nos Estados Unidos. É a igreja mãe e sede do Jaime Soto, bispo ordinário
da diocese de Sacramento. A Catedral está localizada no centro no cruzamento
das ruas 11 e K.
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